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Press Releases • 26 de Julho de 2017

Artigo: A base, muito além do básico

Edison Terra

Se alguém quiser retratar a indústria petroquímica em uma única imagem, é possível que ela seja um conjunto de tanques, esferas, dutos e colunas metálicas, com tom acinzentado brilhante. Para caracterizá-la, uma gestão focada em grandes volumes de commodities, competitividade de custos e investimentos importantes.

Mas, nesta segunda década do século XXI, essa imagem é mais um exemplo de que as aparências enganam. O que nos trouxe até aqui não vai garantir a passagem para o futuro. Existem duas tendências que estão mudando o mundo, criando oportunidades e novos modelos de negócios até para aqueles que pareciam tradicionais o suficiente para nunca deixarem de ser como eram.

A primeira destas tendências é o mundo "VUCA". Expressão criada durante a guerra fria para definir a instabilidade política da época, foi trazida ao mundo empresarial após a crise econômica de 2008. "VUCA" é uma sigla formada pela junção das letras iniciais das palavras em inglês que significam Volatilidade, Incerteza (Uncertanty), Complexidade e Ambiguidade.

Conceito mais óbvio no mercado financeiro, ele também afeta setores tradicionais da economia, e a indústria petroquímica por excelência. A volatilidade começa no preço das matérias-primas, derivadas do petróleo ou sujeitas às variações de oferta, como o gás de xisto americano. A incerteza pode vir, por exemplo, da geopolítica. A complexidade se faz com os fluxos de trading, com a possibilidade de substituição de uma matéria-prima por outra - e lá se vai nossa capacidade de saber o que é causa e o que é efeito. 

Por fim, a ambiguidade: se tomarmos como referência o plástico, um material tão inteligente, versátil e democrático e que tem sido constantemente atacado, pois o descarte e a reciclagem não andaram na mesma velocidade da capacidade da sociedade em utilizar este material para diversas finalidades. Usado para reduzir custo, peso, risco de contaminação alimentar, melhorar o saneamento básico e assim por diante, ele ainda é descartado incorretamente e polui praias, mares e rios. Também é crescente a utilização de matérias-primas de origem renovável para produzir produtos químicos. Quando a fonte é agrícola, o impacto e a competitividade variam muito de região para região. A cana-de-açúcar se destaca como uma grande alternativa e o Brasil é o líder real e potencial desta nova fonte de produção.

A segunda tendência vem da inovação. E agora, mais ainda, da inovação exponencial. Impressão 3D, internet das coisas, big data e outras tecnologias digitais - está tudo conectado, on-line e com possibilidade completa de customização. Antes, comparávamos como a tecnologia e a quantidade de telefones celulares avançavam mais rápido que a televisão e o número de aparelhos domésticos - referências estabelecidas em décadas. Pois bem, hoje nos assustamos ao constatar que o Facebook levou 5 anos para ter 100 milhões de usuários no mundo. Quer mais? O WhatsApp demorou 2,7 anos. E o Pokémon Go apenas 25 dias!

Olhando para a nossa realidade, hoje temos o etanol como fonte alternativa e renovável para produção de eteno e polietileno. E muitas outras iniciativas. Há muito investimento sendo feito no mundo inteiro para permitir que uma série de produtos sejam feitos de forma mais competitiva a partir de fontes renováveis. Etanol e açúcar, quem sabe, de segunda geração, feitos a partir de biomassa e vinhaça. A impressão 3D já é uma realidade e foi considerada vital pela NASA para viabilizar uma missão tripulada até Marte. Na impossibilidade de entregar peças de reposição sob demanda para as manutenções necessárias durante a missão, por que não fabricar as peças no espaço? Aqui, mais uma oportunidade para o Plástico Verde, feito de fonte renovável, reciclável e com impacto positivo na "pegada de carbono".

Misturando tudo isso, cria-se o contexto ideal para que a indústria petroquímica siga se reinventando. Porque ela precisa e porque ela pode. Com tanta inovação e variedade, abre-se espaço para a mais importante fonte de renovação: atrair talentosos ávidos por este mundo inovador e disruptivo, onde o futuro até pode ser uma continuação do passado, mas numa escala logarítmica. Já que estamos falando de novidade, é aqui que entram os millennials, nascidos na virada do século. Além da familiaridade de uma geração que surgiu dominando a Internet, os celulares, tablets e a conectividade, eles se caracterizam por uma relação diferenciada com o trabalho, buscando mais qualidade de vida e mais propósito em tudo que fazem. Atrai-los será um grande desafio. Esta é uma próxima discussão.

 

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