Braskem: as mulheres na indústria

Algumas profissões carregam um estigma de sexistas. Afinal, durante anos foram conhecidas por terem profissionais predominantemente de um único gênero. Na Braskem, entretanto, não há diferença de gênero: todas as pessoas têm a oportunidade de conquistar uma vaga nas mais variadas carreiras.
Uma prova disso é a história da engenheira eletricista responsável por Manutenção da UNIB-BA, Flávia Valente, 35 anos, que participou do primeiro processo seletivo formal do programa de estágio da Braskem em 2006, para a área de Manutenção.
"Na época da dinâmica e da entrevista do processo seletivo de estágio, notei que eu era a única mulher a tentar uma vaga em Manutenção, que era uma disciplina masculina. Fiquei intimidada, principalmente pelo fato de ter um bebê de seis meses e ainda estar amamentando. Achei que não teria chance por ser mulher e estar nessa condição de mãe", lembra. O que surpreendeu Flávia foi justamente o fato de ter sido aprovada: "Comentei sobre meu receio com o Líder, posteriormente, e ele me disse que na Braskem esse tipo de preconceito de gênero nunca existiu".
Flávia alimentava o sonho de trabalhar na Braskem desde menina. "A parte técnica chamava muito a minha atenção. A UNIB, que é a unidade de petroquímicos básicos da Braskem, é uma planta completa: um sonho para qualquer engenheiro elétrico, devido ao desafio técnico e à sua importância na cadeia petroquímica. Além do mais, a cultura da empresa e o nome Odebrecht sempre foram muito fortes na Bahia, e eu queria ter o orgulho de pertencer a esse grupo", diz a engenheira.
O período de estágio foi muito importante para a vida profissional de Flávia, que considera a época como a base de sua carreira. "Tive a oportunidade de acompanhar a compra de um novo produto pela empresa. Traduzi materiais, participei de reuniões e ganhei uma bagagem técnica em confiabilidade que, como engenheira, seria difícil de conseguir se não estivesse na Braskem naquele momento." O fato de ser mulher e mãe jamais pesou na hora de participar da rotina da planta. A educação pelo trabalho e os módulos de autodesenvolvimento já se faziam presentes no dia a dia dos estagiários desde o primeiro programa.
Após dois anos como estagiária, Flávia saiu da Braskem. Ela queria passar pelo programa de trainee, mas não havia vaga, na época. Por isso, foi para outra empresa, mas não se adaptou à cultura. "Foi bom, porque assim descobri o que queria para a minha vida e, coincidentemente, fui chamada de volta à Braskem seis meses depois de sair", lembra.
Hoje, ela se encontra do outro lado, no papel de Líder, e conta que o que viveu como estagiária é fundamental para que possa desenvolver os jovens que chegam até ela. "Sei o que faz a diferença, o que é importante para aquela pessoa. O cuidado com a formação do estagiário é diferente porque sei qual é a dificuldade, como fazê-lo ter a visão do todo e a forma integrativa que o estagiário tem que ter", diz.
Flávia e a primeira turma de estagiários da Braskem, em 2006.
Flavia (segunda, da direita para a esquerda), durante evento no qual recebeu medalha pelos 10 anos de Braskem.