Sem medo de errar

Erros fazem parte de nosso cotidiano e também de nosso crescimento. É por meio do aprendizado que vem com os equívocos que podemos melhorar sempre. Veja abaixo como mudar a mentalidade para aprender a lidar com as próprias falhas.
Jovens Braskem - Quais costumam ser os gatilhos que mantêm as pessoas na zona de conforto?
Mariana Viktor - Os gatilhos são todas as situações ou circunstâncias que "ameaçam" a zona de conforto. Um deles é o medo - nem sempre consciente - de perder a segurança conquistada. Mesmo que a situação não seja ideal, se essa segurança provê nossas necessidades básicas, teremos certa resistência em arriscar. A preguiça é o sintoma clássico e uma das forças que mantêm as pessoas na zona de conforto.
Jovens Braskem - Como lidar com o medo de errar e abandonar o perfeccionismo?
Mariana - O perfeccionismo e o medo de errar costumam ser condicionamentos aprendidos na infância, geralmente por influência de pais, professores ou cuidadores muito críticos, que consideram o acerto uma obrigação, não algo merecedor de elogios. Uma estratégia para lidar com esse medo é repassar na memória todas as vezes em que você acertou, especialmente aquelas em que o acerto aconteceu depois de um erro. Isso cria referências positivas e ensina a reconhecer as capacidades, sem focar demais nos erros. O segundo passo é desapegar do conceito limitante do "perfeito" e focar na sensação gostosa de curtir algo enquanto faz.
Jovens Braskem - Como é possível desenvolver capacidades mentais que ajudem a manter o foco na performance e dar mais valor aos próprios talentos e habilidades?
Mariana - Começando com pequenas coisas. Por exemplo, mantendo o foco por apenas 30 minutos em uma tarefa. A prática mostrará que não é tão difícil quanto parece, desde que você comece e faça. Se 30 minutos parecerem muito tempo, comece com 15. O importante é dar o primeiro passo e sentir que é uma experiência animadora.