Prevista para acontecer até esta terça-feira, 12, a fase de coleta de dados do estudo de sísmica na região do Pinheiro foi estendida por alguns dias e deve ser concluída entre a próxima sexta, 15, e o domingo, 17. O motivo é a garantia da integridade física dos cerca de 30 profissionais envolvidos no trabalho e dos pedestres que passam pelo local, por conta do trânsito intenso de veículos.

"Decidimos desacelerar um pouco o trabalho para garantir a segurança de todos, por conta da movimentação de veículos", explica o geofísico Izaías Martins, da empresa norte-americana Panamerican Geophysical, responsável pelos estudos. O cronograma atualizado das atividades será divulgado nos próximos dias.

A análise de sísmica é uma exigência da Agência Nacional de Mineração (ANM) à Braskem e tem o apoio da Defesa Civil e da Guarda Municipal. O objetivo é complementar os estudos para identificar a causa das rachaduras no bairro do Pinheiro. Após o levantamento de dados, será criada uma imagem da subsuperfície da área estudada - como um ultrassom gigante - para a identificação de estruturas e camadas geológicas.

A aquisição dos dados sísmicos utiliza equipamentos específicos para geração da onda e para sua medição na superfície. O sismógrafo, equipamento de medição, é formado por um conjunto de sensores e equipamentos eletrônicos que são espalhados ao longo da área de estudo, de maneira a proporcionar imagens que podem ter escalas quilométricas.

Segundo Izaías Martins, o prazo para divulgação dos resultados pode variar entre 60 e 90 dias, após a conclusão da coleta de dados. "Quando terminarmos esta etapa do trabalho, ainda haverá as fases de processamento e interpretação dos dados. Todo o trabalho é minucioso e cada fase pode durar entre 30 e 45 dias", afirma o geofísico.