Já há muito se fala em conveniência como elemento importante de diferenciação das marcas. O crescimento do consumo em trânsito (on-the-go) registrado nos grandes centros urbanos também não é novidade para quem acompanha o mercado de alimentos. Por isso, as iniciativas das grandes marcas de inserção de colheres nas embalagens de sobremesas individuais, tendência cada vez mais forte nessa categoria, não surpreendem.

Pelo óbvio benefício de facilitar a vida dos consumidores, a inclusão do talher nos potes abre, para as marcas, novas ocasiões de consumo, criando mercados e pontos de distribuição que possivelmente seriam mais difíceis de atender com embalagens convencionais. São os casos, por exemplo, da oferta como sobremesa em restaurantes e quiosques mais informais, do lanche das crianças nas escolas e do snack providencial nos escritórios.

Para os pontos de venda que precisavam lidar com a distribuição avulsa de pás e colheres, em situações em que o consumo sem talheres inviabilizaria as vendas, a simples adição do utensílio, incorporado ao pote ou à tampa da sobremesa, elimina a necessidade de gerir os itens separadamente, sob o risco de perder vendas se as colheres se esgotarem antes dos alimentos.

No segmento de iogurtes, a novidade estreou no Brasil com a marca Salute, em 2015, mas soluções desenvolvidas em paralelo (como a adotada pela Vigor) logo ganharam espaço. Posteriormente, a inovação se estendeu para outros mercados, como o de sorvetes, com marcas como Rochinha e Froneri .

Em comum, todas as iniciativas resultam de complexos projetos de embalagem, que muitas vezes requerem a aquisição de ferramentais caros e o desenvolvimento de novos fornecedores. No caso das embalagens rígidas, é comum que se opte pela decoração com rótulos in-mold , sistema de decoração extremamente adequado para ambientes refrigerados e que garante alta qualidade visual às embalagens.