A 13ª edição do Prêmio Paralímpicos, realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), aconteceu nesta quinta-feira (12). Atletas, personalidades e instituições receberam prêmios em 35 categorias na cerimônia realizada no Tokio Marine Hall, em São Paulo. E a Braskem, petroquímica global que desenvolve soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, marcou presença com a entrega de um troféu na categoria Prêmio Braskem.

Nesta premiação, o destaque ficou com a velocista acreana Jerusa Geber, 42, que conquistou duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Paris nas provas de 100 m e 200 m da classe T11 (para esportistas com deficiência visual). A categoria Prêmio Braskem reconhece a personalidade do ano que mais se destacou por comportamento exemplar e inspirador no Movimento Paralímpico, servindo como referência nas ações que promoveram transformações positivas dentro e fora das competições.

"O Brasil encerrou as Paralimpíadas de Paris com o melhor desempenho da história, ficando em 5º lugar no quadro geral de medalhas pela primeira vez. Essa edição foi ainda mais especial, pois as mulheres representaram 46% dos paratletas brasileiros. A Jerusa foi reconhecida por ser um símbolo de superação e protagonismo feminino. Queremos homenagear todos aqueles que, assim como Jerusa, motivam transformações significativas na sociedade por meio das suas ações", afirma Débora Ferraz, gerente global de Diversidade, Equidade & Igualdade da Braskem que entregou o troféu à Jerusa. "O reconhecimento desta atleta no nosso prêmio só reforça o compromisso da companhia com a promoção da inclusão, do protagonismo paralímpico e da maior participação feminina no esporte", completa.

A parceria entre Braskem e CPB completou, em 2024, nove anos de um significativo fomento ao esporte paralímpico brasileiro. O patrocínio alcança mais de quatro mil atletas da equipe de atletismo, sendo 1.918 de alto rendimento e 2.300 de iniciação esportiva, em todos estados brasileiros. "As empresas têm papel fundamental no trabalho que fazemos com os atletas. E a nossa premiação é um registro das conquistas deles e dos destaques que marcaram o ano", afirma Loraine Ricino, CMO do Comitê Paralímpico Brasileiro. "Em 2024, fizemos uma campanha histórica nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. O Brasil teve o número recorde de 89 pódios (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes) e o inédito top 5 no quadro de medalhas. E as marcas fazem parte deste sucesso", completa.

A Braskem valoriza o potencial de transformação das pessoas por meio do esporte, além de impulsionar o desenvolvimento do atletismo paralímpico brasileiro e reforçar a importância do plástico usado nas próteses como um aliado para torná-las mais confortáveis e leves. "A companhia patrocina a equipe de atletismo, sempre com foco em apoiar os atletas e contribuir para a otimização do desempenho deles nas provas paralímpicas, pois acreditamos no potencial de transformação das pessoas", explica Débora.

  

Jerusa Geber, um exemplo para todos

A trajetória de Jerusa, 42, sempre foi marcada por resiliência e determinação, sendo uma inspiração para muitos. Jerusa nasceu cega no Acre e, ao longo da vida, fez cirurgias que possibilitaram enxergar um pouco, porém, aos 18 anos, voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos, por meio do convite de um amigo que também deficiente visual. E ali já teve início uma vida de treinos e muita disposição. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100 m abaixo dos 12 segundos. E, atualmente, é a recordista mundial desta marca com o tempo de 11s80.

Em 2023, a atleta foi ouro nos 100 m e 200 m e prata no revezamento 4x100 m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além de ouro nos 100 m e 200 m no Mundial de Paris.  E houve ainda a conquista do ouro nos 100 m e bronze nos 200 m do Mundial de Kobe.