Em relação à matéria divulgada em 1º de abril de 2016 pela Revista Época -"PF acha prova de que Lula, presidente, atendeu pedido de lobista da Odebrecht", a Braskem esclarece que o contrato de fornecimento de gás pela Pemex vencido pela Braskem e sua sócia Idesa para o desenvolvimento do projeto Etileno XXI foi conquistado num processo público e competitivo em formato de leilão internacional com mais de 30 participantes, cujo resultado foi anunciado em 6 de novembro de 2009.

Depois disso, em dezembro de 2009, Roberto Ramos que era executivo da Braskem solicitou apoio a Alexandrino Alencar, da Odebrecht, controladora da Braskem, para que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitasse o México. Ramos deixou a Braskem no fim de 2010. 

O encontro de Lula com o então presidente do México, Felipe Calderón, se deu somente em 23 de fevereiro de 2010 para uma reunião da Cumbre Latinoamericana e Caribe. Na ocasião, entre outros assuntos bilaterais, o projeto Etileno XXI foi apresentado aos presidentes dos dois países.

O investimento feito no Etileno XXI de US$ 5,2 bilhões é o maior já realizado por uma empresa brasileira no México em toda a história e nada mais natural que estivesse na agenda dos dois presidentes.

Para sua viabilização financeira, o projeto Etileno XXI contou não apenas com o empréstimo contratado com o BNDES mas também com outras seis entidades financeiras, como instituições multilaterais (IFC-Banco Mundial e BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento), agência de crédito à exportação (SACE-Itália) e bancos de desenvolvimento do México e Canadá (Bancomext, Nafinsa e EDC), além de um pool de dez bancos internacionais. 

O projeto foi desenvolvido com sucesso e está entrando em operação neste mês, sendo um grande exemplo da força e competência das empresas brasileiras.