Aquecidas ou geladas com um toque
A tecnologia já permite que embalagens plásticas incorporem dispositivos de autoaquecimento ou autorresfriamento.
As embalagens inteligentes são o futuro. Mas algumas empresas inovadoras, ao redor do mundo, há tempos empenham esforços para acelerar o processo. Let's Talk Packaging traz, aqui, alguns exemplos.
A experiência de consumo de alimentos e bebidas em trânsito, em alguns casos, pode ser prejudicada pelo fato de o produto não estar na temperatura ideal. A tecnologia, contudo, já permite que embalagens plásticas incorporem dispositivos de autoaquecimento ou autorresfriamento.
A Aestech , da Holanda, está em busca de um usuário para a sua invenção - um sistema de aquecimento para produtos solúveis em água, como leite em pó. A inovação está em manter o pó isolado num compartimento até o momento do consumo, quando o consumidor deve romper o lacre da embalagem e acionar o botão. Com isso, rompe-se um lacre e o pó é dispensado sobre a água contida na embalagem, que é empurrada pelo canal onde está o elemento aquecedor. Em poucos minutos, o produto atinge temperatura ideal para consumo, facilitado pelo acoplamento de um bico de mamadeira.
Na área de embalagens flexíveis, a RBC Technologies , dos Estados Unidos, oferece um sistema de aquecimento que é ativado quando um selo é removido, expondo o dispositivo ao ar. A reação com o oxigênio gera calor suficiente para aquecer o conteúdo da embalagem em intervalo que varia, conforme o volume e as características do produto, de dois a quinze minutos.
As vantagens desse sistema em relação a alternativas que usam água como meio para o aquecimento, segundo o fabricante, estariam nos menores pesos e volumes das embalagens finais e na simplicidade de uso.
Os principais focos da RBC Technologies são os fabricantes de alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e químicos (como adesivos).
A empresa informa estar desenvolvendo a tecnologia para incorporação em outros tipos de embalagem, como bandejas plásticas.
Outra empresa que mira esse mercado de embalagens flexíveis é a Scaldopack , sediada na Bélgica. A tecnologia consiste de um pouch dentro de outro pouch. O compartimento interno funciona como câmara de aquecimento, que assim é mantido isolado do conteúdo da embalagem. O mecanismo de aquecimento ou resfriamento (a empresa oferece as duas soluções) é acionado quando pressionado pelo consumidor, causando uma reação exotérmica ou endotérmica.
Segundo a Scaldopack, os componentes usados para aquecer e resfriar as embalagens são atóxicos e facilmente absorvidos pela natureza.
Se sua empresa tem interesse em inovar com embalagens inteligentes, por que não fazer isso de forma colaborativa? Entre em contato e mostre-nos seu projeto: packaging@braskem.com