Artigo: O plástico pode nos ajudar a reduzir as emissões de CO2

*Yuki Kabe
Pense por alguns minutos: você sabe o real impacto ambiental de todos os produtos que consome em um dia comum da sua rotina? Parece simples, mas essa pergunta move inúmeros pesquisadores ao redor do mundo que realizam estudos para levantar, analisar e avaliar as consequências desses produtos para o meio ambiente.
Esse tipo de avaliação é chamado de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), e engloba toda a cadeia de valor, desde a extração da matéria-prima até sua destinação final - incluindo as etapas de produção, distribuição e consumo do produto. A maior contribuição desse tipo de análise é justamente identificar onde estão os impactos mais importantes em toda a cadeia de produção, permitindo que as empresas possam buscar alternativas e reduzir o impacto de sua atuação.
Foi com base nessa metodologia que o Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro elaborou, a pedido da Braskem, um estudo que demonstrou os benefícios do plástico para uma economia de baixo carbono em diferentes setores da indústria. Revisado pela KPMG, o estudo, iniciado em 2013, analisou as emissões de CO2 equivalentes (CO2-eq) evitadas e evitáveis com o uso de produtos plásticos no lugar de outros materiais tradicionais.
A análise veio em boa hora: depois do Acordo de Paris, em 2015, em que países membros da ONU se comprometeram a reduzir suas emissões visando controlar as mudanças climáticas, o assunto entrou para a agenda em todos os setores produtivos. O grande diferencial, no entanto, está na forma com que o estudo foi feito: não apenas foram comparadas as emissões relativas à fabricação do plástico como também foram observadas as emissões em outras etapas, como uso dos produtos, transporte e destinação final.
O resultado do estudo nos permite observar que o plástico, quando utilizado em segmentos industriais importantes, pode atuar como fator de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. Por exemplo: o uso de plásticos na frota de automóveis brasileira na última década evitou o equivalente a 126,5 milhões de toneladas de CO2-eq. O número é semelhante a quantidade de gases de efeito estufa emitida pela República Tcheca em 2013, quando o país tinha cerca de dez milhões de habitantes. Isso aconteceu porque a substituição de componentes de metais e madeira por resinas plásticas, com menor densidade, tornou os carros mais leves, mais seguros (já que o material aumenta a resistência do automóvel) e menos poluentes, além de mais econômicos na linha de produção. Um automóvel médio de mil quilos, por exemplo, tem 11% do seu peso em plástico. Sem polímeros entre as peças, o peso do veículo chega a ser 16,5% maior.
Outro bom exemplo, também apontado no estudo, ocorre na construção civil, onde o plástico ajudou a substituir com maior eficiência as tubulações tradicionais. É o caso, por exemplo, das tubulações de PVC (poli-cloreto de vinila), utilizadas na distribuição de água potável nas residências. A substituição foi feita no programa Minha Casa Minha Vida, que entregou 2,98 milhões de moradias de 2009 a 2016 e utilizou tubos de PVC na parte hidráulica das casas populares, evitando a emissão de 30 kt de CO2-eq por ano - o equivalente a um carro padrão de passageiros dando 2.908 voltas na Terra. Resistente à corrosão, flexível e de fácil manutenção, o PVC também se mostrou mais sustentável quando comparado aos materiais tradicionalmente usados nesse tipo de aplicação.
Além de revelar a contribuição do plástico, esse estudo é importante por mostrar o real impacto ambiental de diversos produtos que são fundamentais para o nosso dia a dia e costumam ficar "escondidos" na cadeia de produção. É, também, uma forma de chamar a atenção para a importância de se conhecer melhor o processo de produção de mercadorias para que tanto empresas como consumidores possam realizar escolhas inteligentes e consumir seus produtos de forma mais consciente e ambientalmente correta.
*Especialista em Avaliação de Ciclo de Vida da Braskem
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