Alagoas

0800 006 3029 De segunda a sexta, das 8h às 18h (exceto feriados).
Ligações gratuitas, inclusive de celulares.

1º Termo de Cooperação

Primeiro Termo de Cooperação foi assinado em abril de 2019

Acordo com poder público permite o monitoramento de chuvas e de movimentações do solo, além de recuperar asfalto e galerias de água

 

Desde os tremores registrados em Maceió em 2018, a Braskem vem colaborando com as autoridades e realizando estudos para compreender as causas do fenômeno geológico. Até o momento, não está estabelecida qual a relação entre o fenômeno geológico em Maceió e a operação dos poços de extração de sal da Braskem.

Além disso, a Braskem assinou um primeiro termo de cooperação com as autoridades em abril de 2019, para a adoção de medidas de apoio à comunidade, como instalação de equipamentos de medição meteorológica, para identificar movimentações no solo, inspeção de imóveis e a realização de obras de drenagem e pavimentação de ruas. A empresa também doou equipamentos para o Centro de Monitoramento da Defesa Civil.

Recuperação de ruas

Vários trechos de ruas e avenidas com rachaduras no Pinheiro já tiveram o pavimento refeito e o sistema de drenagem recuperado. A meta é ter 100 trechos recuperados até dezembro, totalizando mais de 20 mil metros quadrados de vias recuperadas.

A recuperação é feita em camadas. As máquinas escavam cerca de 1,5 metro da rua com rachaduras, depois essa cavidade é preenchida com as novas camadas. A primeira delas é uma manta geotêxtil, que absorve pequenas movimentações do solo, evitando as rachaduras nas camadas superiores. Depois é colocada uma camada de geogrelha, uma trama de poliéster bastante resistente, utilizada na construção de estradas, para dar estabilidade à base do pavimento.

 

A manta e a geogrelha têm a função de reduzir as possibilidades de surgimento de novas fissuras e, no caso da ocorrência de movimentações no subsolo, evitar que elas se propaguem até a superfície. As duas camadas também atuam como um filtro, melhorando a drenagem da água da chuva.

"Em 35 anos de engenharia, nunca havia trabalhado com técnicas de reaterro de vala e recomposição de pavimento tão sofisticadas", diz o engenheiro Murilo Lobo, da empresa Tecmaster, que executa esse trabalho no Pinheiro, e tem em seu currículo obras em 22 estados.

O novo asfalto das ruas é a obra mais visível, mas o trabalho de cooperação vai muito além. A Braskem contratou também um serviço de inspeção do sistema de drenagem de água. Para isso foram utilizadas câmeras operadas remotamente que filmaram cerca de um quilômetro de tubulações subterrâneas, em busca de possíveis obstruções, trincas ou rupturas que possam dificultar a passagem da água. Isso permitiu a substituição da rede de drenagem da água da chuva.

 

Equipamentos para a Defesa Civil

Em um grande telão de 220 polegadas, os técnicos da Defesa Civil de Maceió podem conferir em tempo real informações geológicas, meteorológicas e da estabilidade de edificações dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.

O Centro Integrado de Monitoramento da Defesa Civil recebeu equipamentos de última geração doados pela Braskem, conforme previsto no primeiro termo de cooperação. Novas movimentações do solo, mesmo que imperceptíveis para os moradores, são captadas pelos sensores de GPS instalados nas ruas dos bairros. "Esse GPS permite monitorar qualquer movimentação do terreno, na vertical ou na horizontal', explica Antonioni Guerrera, técnico da Defesa Civil de Maceió. Foram instalados nove sensores de GPS, que enviam informações sobre movimentação do solo em tempo real para o Centro Integrado de Monitoramento da Defesa Civil. "Como geólogo, eu acho que o Pinheiro talvez seja o bairro mais monitorado do país", completa Guerrera.

 

Já a Estação Meteorológica instalada no Pinheiro prevê a chegada de chuvas fortes com até 10 dias de antecedência, permitindo à Defesa Civil que tome as providências necessárias. O equipamento, de alta tecnologia, avalia, em tempo real, volume de chuva, direção e velocidade do vento, umidade do ar e pressão atmosférica. Os dados são enviados diretamente para o Centro de Monitoramento.

"Com esses equipamentos, nós conseguimos monitorar de forma mais ágil as áreas de encosta para que possamos tomar providências [em caso de emergência]", explica Joanna Borba, diretora de Operações da Defesa Civil de Maceió. "Nós conseguimos nos antecipar aos eventos".

O Termo de Cooperação inclui também inspeções feitas pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado (CREA) em diversas casas e prédios com rachaduras nos bairros de Maceió.

Um segundo termo de cooperação está em andamento, e deve ser assinado em breve com as autoridades.

Veja como é feito o monitoramento das galerias subterrâneas, que faz parte do primeiro termo de cooperação